Os personagens de OAHT – ONDE A HISTÓRIA TERMINA

Os personagens de OAHT – ONDE A HISTÓRIA TERMINA

Talvez embalado pela leitura do O Cavaleiro dos Sete Reinos, de George R. R. Martin, quando estava próximo a fechar o texto final de Onde A História Termina, eu pensei em incluir ilustrações para os capítulos do livro. O primeiro passo foi, obviamente, convidar alguém para os desenhos. Minha primeiríssima opção foi meu camarada Paulo Oliveira, que já havia feito os storyboards para o filme DIA DE PRETO.

Paulo remonta aos tempos de faculdade, quando dividíamos o gosto por um bom rock & roll virtuose. Nunca irei esquecer quando ele me apresentou uma fita k7 com músicas que, supostamente, eram de sua banda. Eu achei as músicas do grande caralho e fiquei extremamente impressionado pela qualidade técnica dos arranjos e da gravação. Fiquei alguns dias espelhando como a banda do Paulo era foda! Mas, na verdade, foi uma brincadeira. Não era sua banda, mas sim o disco (copiado para uma k7) Images and Words da banda Dream Theater, que até então eu nunca tinha ouvido falar… enfim, maluquices de faculdade.

Paulo foi também quem fez a ilustração da capa do livro, mas, antes, experimentamos alguns portraits dos 4 personagens principais. Para alegrar nossos olhos, obviamente partimos para idealizar os personagens femininos e o primeiro deles foi Fernanda, cuja única referência que passei foram cabelos longos ondulados castanhos claros e olhos verdes, talvez inspirada em uma Fernanda que estudou comigo no segundo grau, embora eu não lembre se ela tinha olhos verdes.

Fernanda

Fernanda se mostrou uma personagem absolutamente cativante de desenvolver, com seu jeito descolado, dona do próprio nariz e, ao mesmo tempo, um tanto atrapalhada. Correndo por por fora, uma vez que, entre as personagens femininas, Marina seria a com mais relevância para o conflito, Fernanda assumiu o posto de minha personagem preferida.

Em seguida, começamos a pensar em Marina e como ela poderia ser fisicamente. Desde os tempos de roteiro, eu a imaginava com cabelo escuro e liso, bastante diferente de Fernanda.

Aqui cabe um parêntesis: todos os personagens que imagino são bonitos, até os masculinos, pois de feio basto eu. Na tela ou na imaginação, quero ver gente bonita.

Então, qual seria a referência de uma mulher com cabelos escuros e lisos deslumbrante? Na atualidade, existe uma fora da curva: Gal Gadot. Lembro que, quando estávamos vendo o péssimo Mulher Maravilha em uma tela de 75 polegadas, a Anna virou-se para mim e disse: “Marcos, você está com a cabeça torta para o lado, como um cachorro em frente aos frangos assando na porta da padaria…”. Sim, eu lembro. Não sei se a cabeça estava torta de fato, mas que eu estava estonteado com a beleza da israelense, ah, isso eu estava.

Marina

Só que a beleza da Gal é tanta que não conseguimos reproduzir na personagem. Paulo acabou optando por um caminho mais Femme Fatale e propôs Marina como vemos no portrait. Eu não percebi imediatamente, mas assim que mostrei o desenho para minha filha ela disse: Megan Fox?

Marina foi um personagem que se mostrou bastante difícil para encontrar o ajuste fino entre alguém que preza por sua independência acima de tudo e alguém que fosse simplesmente uma babaca insensível. Já ouvi relatos de que ela continua sendo a segunda opção. Mas talvez o sentimento venha da inevitável comparação com Fernanda, e aí fica impossível de ganhar.

Partindo para os personagens masculinos, Marcelo é um músico gaiato, com uma imagem levemente de bad boy e, após olharmos algumas fotos na internet, Paulo veio com uma mistura inusitada: um pouco de Gerald Leto e um pouco de Curt Cobain. Achei perfeito!

Marcelo

A curva dramática dele, embora sutil, demonstra que, apesar da capa de cinismo que o cobre, como diria Fernanda, Marcelo tem muito mais a oferecer do que aparenta suas atitudes brincalhonas e postura aparentemente descompromissada. Não vou dar spoiler, mas não fosse por ele…

Rafael

Por fim, extremo oposto de Marcelo, Rafael seria mais “certinho”, em algumas épocas poderia ser considerado um mauricinho, hoje um yuppie descolado. Para ele, nunca cravamos uma referência clara. Cauã Reymond, Keanu Reeves e Jason Bateman estiveram na roda. O resultado final não me parece lembrar alguém diretamente.

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Marcos Felipe Delfino

Marcos Felipe Delfino

Nascido em 1975, Marcos Felipe, também conhecido como Marquinho, ou Marquito, ou Kinets, já tentou ser músico, fotógrafo e cineasta entre outras frustrações. Hoje é servidor público.

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