4. Lahal e Hama

Bahu, filho caçula do líder Jiam, e Dozo, cavaleiro de Lim e braço direito de Jiam, se encontraram quando o rapaz levantava acampamento para seguir viagem. Dozo tentou, sem sucesso, convencer o garoto a voltar para Lim. Certo de que Bahu se meteria em apuros viajando sozinho, Dozo decidiu acompanhar o rapaz na busca pelo pai, já sabendo que seria severamente censurado ao encontrar o líder. Os dois cavaleiros tomaram então o caminho ao sul do oásis das ruínas, imaginando que Jiam só poderia ter ido por ali. Por essa passagem, a dupla chegou a uma aldeia, aos pés de uma montanha que beirava o mar ocidental. Dozo admirou-se ante a constatação de que essa aldeia era desconhecida para eles, embora estivesse há apenas dois dias de viagem de casa, escondida atrás da Quinta Irmã.

Bahu e Dozo encontram uma aldeia escondida.

Mas, ao contrário do que pensavam Bahu e Dozo. Jiam está bem mais ao leste, em Sihala, onde havia feito amizade com Lahal, guerreiro de confiança do líder local e que aprendeu com Jiam os rudimentos da cavalaria. Para prosseguir com seu aprendizado e também em busca de aventura, Lahal se juntou a Jiam em sua viagem quando partiu de Sihala rumo ao leste. Após alguns dias, avistaram duas aldeias. Uma, ao norte, ficava próxima a um oásis. Outra, mais para o leste, ficava ao lado da estranha terra alta e gelada, coberta por uma vegetação diferente de tudo que já tinham visto. Naquele ponto, ao acampar, JIam e Lahal decidiram de separar. Cada um visitaria um das aldeias e se encontrariam depois.

Jiam e Lahal, cavaleiro de Sihala, avistam duas aldeias e uma floresta gelada.

Em Lim, os nômades, ao saber sobre a viagem do líder da tribo, alertaram os Oumaji sobre terríveis perigos que existiriam nas terras do sudeste. Os sábios da vila, alarmados, decidiram enviar o filho mais velho de Jiam, chamado Jiamadu, à procura do pai e do irmão mais novo.

Quando o primogênito, Jiamadu, chegou em Sihala e se identificou como filho de Jiam, foi recebido com festa. Para supresa de Jiamadu, sua noiva, Hama, filha do chefe da tribo, já o estava esperando para selar a união entre Lim e Sihala. O jovem cavaleiro aceitou com alegria a união. Na ressaca das festividades, pediu que Sihala se juntasse à busca para evitar que seu pai e irmão caçula fossem desavisados em direção ao perigo. Mas havia um problema: Sihala não tinham mais cavalos. Aqueles Oumaji haviam sido introduzidos há pouco àquela arte e as terras à sua volta não eram frequentadas pelos animais. Jiamadu teria que enfrentar a jornada sozinho. Com o coração partido, o casal recém formado teve que se despedir pouco depois de se encontrar.