A Mulher Fatal
Linda, sexy e poderosa, a Mulher Fatal sempre ocupou um lugar de destaque na galeria dos estereótipos, ainda que sua elaboração seja alvo de críticas por conta da objetificação da imagem feminina. Não obstante, a característica marcante desta representação consiste em um comportamento sedutor que resulta no completo domínio dos personagens masculinos que a cercam. Mesmo maltratados e humilhados, os homens continuam fascinados pelo aspecto misterioso, magnético e sensual da personalidade da Mulher Fatal.
De fato, a Mulher Fatal pode servir como objeto de desejo para outros estereótipos, tais como o Nerd Introvertido e até mesmo o Pai de Família ou o Profissional Exemplar. No entanto, nestes casos, é a Mulher Fatal que assume a condição de sujeito da relação, deixando para seus admiradores o papel desconfortável de objeto descartável ou vítima das circunstâncias.
Ainda que representada em formas delicadas e sensíveis, a aparente fragilidade da Mulher Fatal é apenas uma isca ou disfarce. Sempre dotada de muita inteligência e astúcia, ela costuma conduzir suas ações como uma dama no tabuleiro de xadrez, observando com paciência os movimentos de peões, cavalos, bispos e torres, até conseguir o xeque-mate.
Devido aos seus muitos talentos e qualidades, a Mulher Fatal pode integrar clichês coletivos como o Policial Bom e o Policial Mau, a Super Equipe e a Dupla Improvável, entre outros, mas sempre mantendo a independência necessária para garantir sua plena liberdade.
Exemplos:
Natasha Romanoff (Os Vingadores)
Jane Smith (Sr. & Sra. Smith)
Catherine Tramell (Instinto Selvagem)
Laure Ash (Femme Fatale)
Audrey Horne (Twin Peaks)
Jessica Rabbit (Uma Cilada para Roger Rabbit)