O Policial Bom e o Policial Mau
Este é um clichê clássico, derivado de uma técnica real de interrogatório policial, que consiste em alternar o tipo de abordagem junto a um suspeito. Para alcançar o objetivo, este deve se sentir inicialmente amedrontado com a forma rude de tratamento dispensado por uma das autoridades, de forma que outra pessoa possa ganhar sua confiança, posteriormente, oferecendo uma conversa amigável.
Ao longo do tempo, a forma básica do clichê, que replica exatamente a técnica mencionada, foi ganhando variantes em que os papéis originais dos personagens foram substituídos por oposições mais elaboradas. Com isso, outros estereótipos foram integrados a este clichê, proporcionando duplas policiais compostas por um Playboy Bon Vivant e um Pai de Família, ou uma Fera Indomável e um Profissional Exemplar, entre outros.
Não obstante as variações possíveis, é importante ressaltar que a composição deste clichê implica necessariamente no caráter divergente e ao mesmo tempo complementar da dupla formada. Durante a narrativa, esta poderá esbarrar em diversos percalços e obstáculos, resultando em possíveis rompimentos e reconciliações, sem que, no entanto, o objetivo final em comum seja comprometido.
Nos casos em que esta estrutura básica é alterada, outras formas de clichê podem tomar a cena, como os Inimigos Mortais ou a Dupla Improvável, que seguem dinâmicas próprias e diversas daquelas estabelecidas entre o Policial Bom e o Policial Mau.
Exemplos:
Martin Riggs e Roger Murtaugh (Máquina Mortífera)
Mike Lowrey e Marcus Burnett (Bad Boys)
Gabriel Cash e Raymond Tango (Tango & Cash)
Bud White e Ed Wexley (L.A. Confidential)
David Starsky e Kenneth Hutchinson (Starsky & Hutch)
Frank Poncherello e Jon Baker (CHiPS)