O Policial Bom e o Policial Mau

O Policial Bom e o Policial Mau

Este é um clichê clássico, derivado de uma técnica real de interrogatório policial, que consiste em alternar o tipo de abordagem junto a um suspeito. Para alcançar o objetivo, este deve se sentir inicialmente amedrontado com a forma rude de tratamento dispensado por uma das autoridades, de forma que outra pessoa possa ganhar sua confiança, posteriormente, oferecendo uma conversa amigável.

Ao longo do tempo, a forma básica do clichê, que replica exatamente a técnica mencionada, foi ganhando variantes em que os papéis originais dos personagens foram substituídos por oposições mais elaboradas. Com isso, outros estereótipos foram integrados a este clichê, proporcionando duplas policiais compostas por um Playboy Bon Vivant e um Pai de Família, ou uma Fera Indomável e um Profissional Exemplar, entre outros.

Não obstante as variações possíveis, é importante ressaltar que a composição deste clichê implica necessariamente no caráter divergente e ao mesmo tempo complementar da dupla formada. Durante a narrativa, esta poderá esbarrar em diversos percalços e obstáculos, resultando em possíveis rompimentos e reconciliações, sem que, no entanto, o objetivo final em comum seja comprometido.

Nos casos em que esta estrutura básica é alterada, outras formas de clichê podem tomar a cena, como os Inimigos Mortais ou a Dupla Improvável, que seguem dinâmicas próprias e diversas daquelas estabelecidas entre o Policial Bom e o Policial Mau.

Exemplos:

Martin Riggs e Roger Murtaugh (Máquina Mortífera)

Mike Lowrey e Marcus Burnett (Bad Boys)

Gabriel Cash e Raymond Tango (Tango & Cash)

Bud White e Ed Wexley (L.A. Confidential)

David Starsky e Kenneth Hutchinson (Starsky & Hutch)

Frank Poncherello e Jon Baker (CHiPS)

Marcial Renato

Marcial Renato

Marido da Karin, a mulher mais bonita que já conheci na vida, pai da Ravena (super poderosa), do Henzo (a pronúncia é "Renzo", como o lutador) e da Laura (de olhos verdes). Filho da Alzira, a mulher mais forte do mundo, e do Paulo Roberto, o cara mais maneiro de todos os tempos. Já trabalhei como produtor de TV, Cinema e Internet, fui professor de Comunicação Social e hoje sou servidor de carreira da Agência Nacional do Cinema (ANCINE). Tenho um mestrado em Literatura e graduação em Publicidade e Propaganda, ambos na UFRJ. Em 2012, escrevi, produzi e dirigi o longa-metragem "Dia de Preto", com Daniel Mattos e Marcos Felipe Delfino, premiado em diversos festivais no Brasil e no mundo. Também sou autor dos livros "Rituais de Casamento", de 2015, junto com a Karin, e "Asgaehart: as invasões bárbaras", lançado em 2018. Duas vezes por ano jogo na lateral direita do time dos nascidos na década de 70 do Vale do Rio Grande (7X). Também gosto de pegar onda no verão, e nas horas vagas escrevo aqui no site da Maxie.

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