Midnight Mass
Embora eu sempre tive curiosidade sobre alguns filmes de terror, nunca fui exatamente um entusiasta do gênero, sendo raro os títulos que considero merecerem elogios significativos. Contudo, o realizador Mike Flanagan parece estar empenhado em mudar minha visão, pelo menos quando observamos o conjunto de minisséries feitas por ele para a Netflix. A primeira foi a belíssima A Maldição da Residência Hill (2018), seguida dois anos depois pela A Maldição da Mansão Bly, que conseguiu manter o mesmo nível de qualidade, embora eu prefiro a primeira.
Mas é com Missa da Meia-Noite que Flanagan cria uma obra que beira a maestria. Mantendo-se longe do estilo gore e tendo o gênero terror apenas como um tempero suave que se faz presente em doses acertadas, Missa da Meia-Noite é um tratado sobre a vida e a morte que nos convida a refletir sobre nossas escolhas e sobre a linha tênue que divide fé e fanatismo.
A premissa da história é construída a partir do retorno de Riley Flynn à isolada e pouco povoada Crockett Island na tentativa de reconstruir sua vida após matar uma pessoa por estar dirigindo alcoolizado. Simultaneamente, um jovem e carismático padre assume a paróquia local e começa a revitalizar a fé enfraquecida do vilarejo. Enquanto isso, eventos misteriosos começam a ocorrer.
Tenho vontade de falar sobre pontos específicos dos episódios, mas fico por aqui para não dar spoilers. Aguardo ansioso pela próxima minissérie de Flanagan, The Midnight Club, prevista para o segundo semestre deste ano.