Midnight Mass

Midnight Mass

Embora eu sempre tive curiosidade sobre alguns filmes de terror, nunca fui exatamente um entusiasta do gênero, sendo raro os títulos que considero merecerem elogios significativos. Contudo, o realizador Mike Flanagan parece estar empenhado em mudar minha visão, pelo menos quando observamos o conjunto de minisséries feitas por ele para a Netflix. A primeira foi a belíssima A Maldição da Residência Hill (2018), seguida dois anos depois pela A Maldição da Mansão Bly, que conseguiu manter o mesmo nível de qualidade, embora eu prefiro a primeira.

Mas é com Missa da Meia-Noite que Flanagan cria uma obra que beira a maestria. Mantendo-se longe do estilo gore e tendo o gênero terror apenas como um tempero suave que se faz presente em doses acertadas, Missa da Meia-Noite é um tratado sobre a vida e a morte que nos convida a refletir sobre nossas escolhas e sobre a linha tênue que divide fé e fanatismo.

A premissa da história é construída a partir do retorno de Riley Flynn à isolada e pouco povoada Crockett Island na tentativa de reconstruir sua vida após matar uma pessoa por estar dirigindo alcoolizado. Simultaneamente, um jovem e carismático padre assume a paróquia local e começa a revitalizar a fé enfraquecida do vilarejo. Enquanto isso, eventos misteriosos começam a ocorrer.

Tenho vontade de falar sobre pontos específicos dos episódios, mas fico por aqui para não dar spoilers. Aguardo ansioso pela próxima minissérie de Flanagan, The Midnight Club, prevista para o segundo semestre deste ano.

Marcos Felipe Delfino

Marcos Felipe Delfino

Nascido em 1975, Marcos Felipe, também conhecido como Marquinho, ou Marquito, ou Kinets, já tentou ser músico, fotógrafo e cineasta entre outras frustrações. Hoje é servidor público.

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